Parabéns Arquitetos/as e Urbanistas

Autor: Jeferson Salazar, presidente da Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas (FNA)

 

“Enquanto os arquitetos não fizerem política, os políticos continuarão fazendo arquitetura.”(Pedro Ramírez Vázquez – México).

Ao escolhermos arquitetura e urbanismo como profissão, intrinsecamente também fizemos outra escolha: transformar o ambiente de convívio humano nas suas diferentes escalas. Seja um ambiente interno, uma residência, um prédio, uma rua, uma cidade e, porque não, uma metrópole, o país e o mundo.

Mas é no espaço público, através da ação política, que se dá a disputa maior pela cidadania, e onde a arquitetura e urbanismo podem ser utilizados como instrumentos de transformação e produção de ambientes de exclusão, de confinamento e de segregação, ou de ambientes de inclusão, de participação e de integração. E é nesse contexto que toma importância maior a expressão cunhada pelo colega mexicano acima citado.

O território urbano é nossa arena de luta e, nele, a atuação política dos arquitetos/as e urbanistas é imprescindível e deve ir além do domínio da técnica e da arte. Sem visão humanista e sem atuação política (não confundir com atuação partidária, mas sem negar sua importância também), podemos nos tornar presas fáceis de interesses de minorias, em detrimento dos interesses maiores da sociedade. Se abraçamos esta profissão, também fizemos a escolha pela transformação. Resta saber qual lado cada um de nós escolherá.

Rolar para cima