Lideranças debatem o direito à moradia em São Paulo (SP)

A Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas (FNA) participou do 14º Encontro Nacional de Moradia Popular, realizado de quinta (3/8) a domingo (6/8), em São Paulo (SP). Promovido pela União Nacional por Moradia Popular e a União dos Movimentos de Moradia de São Paulo, com o lema “Nenhum Direito a Menos: Em defesa do Direito à Moradia e da Função Social da Propriedade”, o evento contou com a participação de lideranças populares de diferentes estados brasileiros para um momento de reflexão, formação, integração e troca de experiências. Participaram do encontro pela FNA, Eleonora Mascia, vice-presidente, e Fernanda Simon Cardoso, secretária de Organização e Formação Sindical. Na ocasião, a União dos Movimentos de Moradia de São Paulo celebrou os seus 30 anos de luta e organização.

O encontro iniciou após a Marcha do Direito à Moradia, com concentração na Praça da Sé, onde cerca de 10 mil pessoas estiveram reunidas, junto ao ex-presidente Lula. Eleonora destacou que a identificação com a luta pelos direitos dos trabalhadores une os movimentos sociais e os sindicatos de arquitetos e urbanistas de todo o país. “Há uma construção histórica pelo direito à moradia e a cidade para todos que precisa avançar e por isso a FNA se posiciona lado a lado”, afirmou.

Foto: Ricardo Stuckert

Durante o evento, a senadora Gleisi Hoffmann ressaltou que o país carece de apoio, principalmente no momento em que enfrenta uma crise institucional, política e financeira. “Não temos uma elite nacional, uma burguesa brasileira que pense um projeto de país, temos a mais perversa face do capitalismo, o financeiro, sendo que em momentos de crise, a burguesia arruma as suas malas e vai embora do país, alegando a falta de segurança”.

Foto: Eleonora Mascia

Lula falou falou sobre os cortes do atual governo nas verbas destinadas à moradia popular. “Eles estão acabando com o Minha Casa, Minha Vida, acabando com o acesso do povo pobre à moradia. Quero que eles saibam que nós vamos voltar”, afirmou.  O ex-presidente destacou também o papel essencial do programa pela garantia dos direitos essenciais do cidadão. “Se na Constituição está garantido o direito à moradia, significa que cabe ao Estado subsidiar aqueles que não tem condição de comprar uma casa”, pontuou o ex-presidente. “Enquanto a gente tiver um único brasileiro sem condições de morar dignamente o estado tem que ter o compromisso de garantir a moradia”, argumentou.

 

*Com informações de lula.com.br

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