Erminia Maricato abre Seminário de Assistência Técnica para Habitações de Interesse Social

A arquiteta e urbanista Erminia Maricato deu a largada para o Seminário de Assistência Técnica para Habitações de Interesse Social, evento que acontece nessa segunda-feira (4/12), em Belo Horizonte (MG), em uma iniciativa do Sindicato de Arquitetos de Minas Gerais (Sinarq-MG) com apoio da Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas (FNA) e do Colegiado Permanente de Entidades de Arquitetos e Urbanistas do CAU/MG.

Na mesa de abertura, o 2º vice-presidente da FNA, Edinardo Lucas, ressaltou que é necessário empenho no debate do tema da Assistência técnica para que “os trabalhadores arquitetos e urbanistas colaborem com outros trabalhadores” e, juntos, seja possível alcançar os avanços que tanto são buscados. O presidente do Sinarq/MG, Eduardo Fajardo, destacou que o tema escolhido para o debate é de extrema importância e que há ainda muito o que avançar para a garantia do direito à moradia digna no país.

A presidente do CAU/MG, Vera Carneiro de Araújo, parabenizou a iniciativa do seminário, que acontece um dia após o 41º Encontro Nacional de Sindicatos de Arquitetos e Urbanistas (ENSA). A presidente do IAB/MG, Rose Guedes, provocou os profissionais para um maior engajamento político no tema.

Em sua palestra, Ermínia falou sobre o projeto Br Cidades e fez uma apresentação sobre a situação das cidades brasileiras que, segundo ela, assim como o país, passam por um momento de transição, o que exige uma análise aprofundada. “Temos que aprofundar uma análise crítica sobre as cidades para que elas voltem a ocupar o espaço na política que nós perdemos”, disse.

A arquiteta ainda destacou que as mudanças no “Brasil urbano” estão acontecendo “quer a gente queira ou não e quer a gente participe ou não, então é importante a nossa participação”. Isso porque, para ela, o processo de organização tem projetos positivos, mas também bastante preocupantes. Ermínia também pontuou que as cidades que mais cresceram nos últimos anos são as de porte médio. E, com elas, também cresceram problemas, como a diminuição do poder econômico das regiões metropolitanas. “Isso evidentemente impacta na economia, na população trabalhadora, no uso da ocupação do solo e nas cidades”, afirmou.

Além disso, a arquiteta reforçou a necessidade e provocou os profissionais para o resgate da democracia. “A gente não faz democracia no planalto central, a gente faz democracia em casa, no bairro”, disse. Ela ainda comentou também que o projeto Br Cidades ganhou uma dimensão surpreendente, com grande procura pelos jovens e que a proposta é uma forma de retomar a luta pela reforma urbana.

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